O ano de 2022 registrou uma queda de 6,5% no número de recuperações judiciais na comparação com 2021. Os dados são do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, ao apontar que foram registradas 833 requisições e, apesar de ser responsável pela maior parte dos requerimentos, o setor de Serviços foi o que apresentou a maior baixa no período.
Da mesma forma, os pedidos de Falências também caíram (-8,8%), saindo de 950 em 2021 para 866 em 2022, e foi o menor em três anos. De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a queda configura o desuso destes recursos.
“Renegociar com os credores que as empresas estão devendo é muito mais vantajoso e contribui para a sobrevivência dos negócios. Assim, os empreendedores têm a chance de se organizarem financeiramente, principalmente após períodos de altos gastos por parte dos consumidores, como as festas do final do ano. Mas ainda é necessário apostar na saúde da taxa básica de juros e nas possíveis alterações políticas e econômicas de 2023”.
Ainda sobre as recuperações judiciais requeridas, a análise por porte mostrou que as Micro e Pequenas Empresas seguiram liderando, pelo terceiro ano seguido, com o maior número de pedidos (528).
Considerando apenas a análise mensal do indicador, dezembro de 2022 registou 67 recuperações requeridas, uma queda de -10,7% em comparação com o mesmo mês de 2021. Na variação mensal, a indicação foi de crescimento de 19,6%. Já no recorte dos pedidos de falências, o total foi de 52 no mês de referência, com variação anual de 13% e mensal caiu em -45,3%.