O primeiro semestre deste ano acumulou 390 pedidos de recuperação judicia. Feita a relação com o mesmo período de 2021, que marcou 454 requisições, o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian registrou queda de 14,1%. O índice também revelou que, apesar da baixa na comparação ano a ano, as micro e pequenas empresas continuaram liderando o total de solicitações. Além disso, na análise por setor, os empreendimentos de serviços foram os que mais demandaram pelo recurso, seguidos pelo comércio e indústria.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o primeiro semestre do ano foi marcado pela instabilidade econômica que afetou tanto o poder de compra dos consumidores, como as negociações entre os donos de empresas e seus parceiros ou fornecedores.
“Com a economia ainda fragilizada, as renegociações continuaram sendo ferramentas essenciais para a organização financeira e o afastamento da insolvência. Além disso, essa solução ganha espaço por ser mais rápida e barata, diferente do instrumento de recuperação judicial”.
Ainda no comparativo de janeiro a junho deste ano com o anterior, as requisições de falências marcaram retração de 14,3%. Todos os portes de empresas tiveram melhora, diminuindo o número de solicitações do período. Ainda assim, os micro e pequenos negócios lideraram, com 224 pedidos. No recorte por setor, o de serviços foi o que mais buscou pelo recurso, e apenas o de indústria apresentou aumento, indo de 107 para 108 requisições.
Já a pesquisa Panorama de Vendas, desenvolvida pela RD Station, em parceria com a Totvs, Rock Content e The News, revela que 59% das empresas cariocas não bateram suas metas de vendas em 2021, a média nacional é de 60%. Olhando esse número de acordo com modelos de negócios, as empresas brasileiras B2C tiveram mais dificuldades e apenas 36% atingiram suas metas. Já as organizações B2B, tiveram um balanço um pouco melhor, e 43% alcançaram os resultados estabelecidos no último ano.
O estudo coletou mais de 1.600 respostas de empresas de todos os estados, de diversos portes e segmentos, como agências de publicidade e propaganda, consultorias, empresas de treinamento, software e nuvem, tecnologia, educação e ensino, saúde e estética, serviços financeiros, jurídico e relacionados, indústria, startups, entre outros.
Ainda de acordo com a pesquisa, a projeção de crescimento das empresas é de que 67% delas esperam um crescimento de 10% a 50% ainda em 2022. Entre as empresas cariocas, o otimismo é ainda maior, 76% esperam um crescimento de 10% a 50% este ano. Sobre a gestão de dados, 54% das empresas brasileiras ainda não utilizam uma ferramenta de CRM para as vendas. Destas companhias, 30% ainda fazem a gestão em planilhas de Excel, 14% utilizam outros meios (como sistemas de gestão – ERPs) e 10% não utilizam nenhuma ferramenta. Esses números são um indicativo do motivo da maioria das empresas não terem batido suas metas. Isso pode ser explicado, já que não existe a base para acompanhamento, dificultando o processo para o desenvolvimento de estratégias de vendas.